sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

A minha previsão para 2012



2012 vai ser um ano com muito mais:

·         amigos
·         abraços
·         beijos
·         sorrisos e risos
·         generosidade
·         carinho e respeito por todos os seres e pelo planeta
·         desfrute da natureza


2012 vai ser um ano com menos:

·         Sofrimento das pessoas e dos animais
·         Compras inúteis
·         Televisão
·         Guerras, egoísmo, agressividade, competição


2012 vai ser o ano em que:

Muitas pessoas vão entender que o que fizerem aos outros seres e ao mundo recebem em troca – seja mau, seja bom. Que o que acontecer de bom aos demais acontece também a nós. Que estamos todos no mesmo barco, por isso não são só os outros que se afundam se houver naufrágio, nem só os outros que se salvam se o dia clarear.


2012 vai ser um ano de paz, de amor, de alegria, de renascimento profundo.

Viva 2012! (Vivamos em 2012)

2012 é o ano da minha autonomia


 
Muito crescida para viver no regaço da mãe, muito crescida para ser colo de filho, eis-me entregue ao meu próprio destino, muito mais tarde do que a generalidade dos mamíferos.

Conseguirei sobreviver? Quer-me tudo o que defendo que sim. Que tenho corpo, braços e pernas perfeitos, que sou inteligente, que tenho tudo o que é necessário para ser mulher e ser feliz.

Sim, mais que sobreviver vou viver, porque quero. Comigo, através de mim, para mim; em união com todos. Sem dependências, dando corpo consciente à interdependência.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Pouco amor

Não muito grande será o amor partilhado sobre mesas ornadas de cadáveres. Se é possível amar por inteiro, amar a todos, porque não o fazemos? Porque amamos o nosso umbigo e maltratamos, até de morte, os umbigos dos outros?

Natal é...


Natal (para mim) é uma oportunidade maravilhosa para praticarmos o amor, a tolerância, a generosidade, a alegria, o convívio com a família.

Precisamos dessas oportunidades, porque com as cabecinhas em piloto automático, imersas no trabalho, nos deveres familiares e em mais mil e uma imposições / desculpas / distracções, estamos continuamente longe de nós e dos outros.

Um alto-lá, pára, sente, olha em volta, a tua família, tu, é obrigatório para essa descida tão terapêutica ao nosso interior carinhoso.

Por isso, viva o Natal. Feliz Natal. E se aprendermos a fazer de todos os dias dias de Natal, ah, com certeza que muito melhor, que seremos felizes e que transbordaremos para todos os que estiverem à nossa volta.

Eu gosto do Natal. Gosto de Jesus, um símbolo de amor incondicional, compreensão e tolerância.

Que todos, todos os seres sem excepção, possam viver este Natal em muita alegria, amor, paz, tolerância. Que todos possam ter a companhia de outros seres amorosos.


domingo, 4 de dezembro de 2011

Dançando com a verdade

Ainda agora, quando desenhei no espaço quem sou, desenhei alegria, amor, vivacidade, segurança, sensualidade. Não houve um só esboço menos saboroso. Tudo foi doce e maravilhosamente bom.

É isso que sou. É isso que no meu íntimo sou e amo.

(A biodança permite-me descobrir o inimaginável saboroso que há em mim, escondido por uma longa vivência muito pouco luminosa. Mas não choro nem lamento nada, prefiro renascer a cada instante.)

Todos importam

Para a maioria dos homens o que acontece aos outros não tem importância nenhuma. Vamos mudar isso!

Que a transmutação aconteça

Que as trevas se tornem luz, as dores prazeres, o egoísmo generosidade, a guerra paz. Que os homens se tornem coração puro

sábado, 3 de dezembro de 2011

Os peixes também choram

Os homens choram pelos homens que se perderam no mar, mas não choram os peixes que matam.

Os homens choram os homens que matam e que morrem, mas não choram os animais que sofrem e morrem às mãos dos homens.

Os homens choram os filhos e os pais que morrem, mas não choram os filhos dos homens a quem matam.

Os peixes, os pássaros, os insectos, todos os homens sentem, choram, sofrem como eu, como tu, como qualquer eu ou qualquer nós. Porquê, então, há homens que só sentem a sua própria dor? Porque é que não conseguem sentir a dor dos outros seres, a ponto de ignorarem se têm fome, frio, sede e mesmo, tão mesmo, a ponto de os matarem?

Que ignóbil falta de inteligência esta no animal cuja pretensa principal característica distintiva é ser racional! Falta de inteligência que o leva (nos leva) a ter o contrário daquela que é a sua aspiração básica: ser feliz.

Que emoções nos traz a raiva? O desprezo? A altivez? O ódio?

Sim, eu sei que um arroz de marisco é uma refeição muito saborosa e que traz grande satisfação; o mesmo com um leitão da Bairrada, um entrecosto de porco preto. Satisfação que acaba mal a refeição pára. E depois há que repetir e de novo e de novo. Satisfação tão efémera. Não será melhor ser feliz 24 horas por dia ou as 16 em que estamos acordados?

E se em vez do filho do porco ou dos filhos dos camarões nos viessem buscar os nossos filhos para comer? Assim como se vão buscar para a guerra? O que sentiríamos? Como ficaríamos?

E se em vez do porco ou das amêijoas nos viessem buscar a nós? Gostaríamos? Não nos importaríamos? Não faria mal?

Sentirão os animais de forma diferente? Deverão ser merecedores de menos respeito? (Tal como os governantes acham que não faz mal os outros não terem casa ou comida, enquanto as suas próprias contas bancárias engordam e os senhores do mundo acham que não faz mal matar ou deixar morrer à fome os pretos, os árabes, os índios, os outros.)

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Obrigada!


Obrigada ao sol que me ilumina e à chuva que me brota, aos pássaros que me cantam, às florestas que me encantam, às flores, aos risos, às luas.

Obrigada aos meninos que me ensinam a amar e aos crescidos que me deixam amá-los.

Como é simples ser feliz, e como é tão difícil, em geral, um mortal como eu sê-lo! É só ir andando pelos caminhos e reparar em toda a beleza que existe e depois partilhá-la. É só sentir onde falta amor e dá-lo. É só receber de braços abertos o amor que têm para nos dar.

Porquê fazer guerras? Porquê matar pessoas? Magoar? Mentir? Roubar? Competir? Porquê querer ser mais? Achar que se é menos? Porquê? Só o contrário disso é bom, só o contrário. E é necessário tão pouco…

Obrigada pessoas lindas que me deram hoje o privilégio de ser capaz de estar feliz!

Obrigada mundo inteiro pelo benefício de ter um corpo humano que me permite (escolher) ser feliz.

Obrigada por hoje poder partilhar com o mundo a alegria, que é tão divisível quantos os seres que existem, e quanto maior a partilha maior a alegria de cada um.

Obrigada por poder partilhar a tristeza, que tristeza partilhada é tristeza aliviada e, provavelmente, transformada… em alegria.

Obrigada!...

Branco

Hoje colocaram-me cortinados do lado de fora da janela. Com certeza alguém de um amor infinito, que mos quis oferecer e com medo de me melindrar os deixou ali, na janela, não do lado de dentro, onde nunca os houve, mas do lado de fora, o único acessível quando a porta está fechada.

Não gosto de cortinados. Tiram-me a luz e impedem-me a visão. Mas estes são tão suaves e alvos, que me deixam ver tudo à volta com uma aura de paz. As coisas deixam de ser aquilo que de negro e cinza costumo ver delas e são hoje brancas. Hoje consigo ver o que têm de melhor.

E elas são qualquer coisa entre esses dois extremos... tal como eu. E caminham. Caminham. Caminham, para onde?

Caminhando



Nesta vontade inquebrantável de ser feliz, sofro com cada grão de poeira que me entra no olho, ou que ameaça entrar; com cada promessa de tempestade ou de simples chuviscos. Faço de um grito rebelde ou de um simples "não" uma ameaça à paz mundial.

Com esta vontade inquebrantável de ser feliz, incapaz de perceber a alegria no momento presente, percorro o caminho às avessas.

Não é assim que quero, é assim que sou capaz. Desajeitada. Meio sem vista. Cabeça cheia de compactos nadas.

Mas sei o que me motiva, sei para onde vou, por isso acredito que um dia hei-de lá chegar. Com peso, como diria Kundera. Pois seja com peso!

Não desisto. Vou.

LIVRE

Sou livre. Já não sou obrigada a levantar-me quando o despertador toca, quase de madrugada, nem a engolir, apressada, a torrada e o café com leite. Já não preciso de percorrer a mesma estrada à mesma hora. E, sobretudo, já não preciso de viver aprisionada nove (NOVE) horas seguidas, que nem os tristes frangos no aviário, a contribuir para alguns viverem muito bem.

Sou livre. Por agora, e só por agora, saí da engrenagem consumista. Parei de ser peça de uma máquina – à qual me entreguei de corpo e alma, que sempre segui a máxima que ouvi ao muito sábio Ajhan Brahm, quando te dás, dá-te por inteiro – mas sabendo que o meu lugar não era ali. O meu lugar é onde se pode fazer bem. É onde se pode dar amor. É onde uma pessoa, um pássaro ou uma flor precisam de cuidados. É onde alguém tem abraços para dar.

Sou livre.

Faz-me algum medo ser livre. É como ter um caderno novinho em folha, com todas as páginas brancas, e escrevê-lo por mim, sem que ninguém me oriente, a menos que eu peça orientação amorosa.

Mas, sou livre. E a minha liberdade vai gerar rios de felicidade em mim e à minha volta, porque é assim que desejo. Conto para isso com a ajuda dos também muito livres queridos amigos, pois sou livre mas sozinha não sou nada, juntos somos imensidão transbordante. Somos paz, alegria, bondade, imenso amor sem limites nem condições.

Amo-nos!