quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

LIVRE

Sou livre. Já não sou obrigada a levantar-me quando o despertador toca, quase de madrugada, nem a engolir, apressada, a torrada e o café com leite. Já não preciso de percorrer a mesma estrada à mesma hora. E, sobretudo, já não preciso de viver aprisionada nove (NOVE) horas seguidas, que nem os tristes frangos no aviário, a contribuir para alguns viverem muito bem.

Sou livre. Por agora, e só por agora, saí da engrenagem consumista. Parei de ser peça de uma máquina – à qual me entreguei de corpo e alma, que sempre segui a máxima que ouvi ao muito sábio Ajhan Brahm, quando te dás, dá-te por inteiro – mas sabendo que o meu lugar não era ali. O meu lugar é onde se pode fazer bem. É onde se pode dar amor. É onde uma pessoa, um pássaro ou uma flor precisam de cuidados. É onde alguém tem abraços para dar.

Sou livre.

Faz-me algum medo ser livre. É como ter um caderno novinho em folha, com todas as páginas brancas, e escrevê-lo por mim, sem que ninguém me oriente, a menos que eu peça orientação amorosa.

Mas, sou livre. E a minha liberdade vai gerar rios de felicidade em mim e à minha volta, porque é assim que desejo. Conto para isso com a ajuda dos também muito livres queridos amigos, pois sou livre mas sozinha não sou nada, juntos somos imensidão transbordante. Somos paz, alegria, bondade, imenso amor sem limites nem condições.

Amo-nos!

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