Sou livre. Já não sou obrigada a levantar-me quando o despertador
toca, quase de madrugada, nem a engolir, apressada, a torrada e o café
com leite. Já não preciso de percorrer a mesma estrada à mesma hora. E,
sobretudo, já não preciso de viver aprisionada nove (NOVE) horas
seguidas, que nem os tristes frangos no aviário, a contribuir para
alguns viverem muito bem.
Sou livre. Por agora, e só por
agora, saí da engrenagem consumista. Parei de ser peça de uma máquina – à
qual me entreguei de corpo e alma, que sempre segui a máxima que ouvi
ao muito sábio Ajhan Brahm, quando te dás, dá-te por inteiro – mas
sabendo que o meu lugar não era ali. O meu lugar é onde se pode fazer
bem. É onde se pode dar amor. É onde uma pessoa, um pássaro ou uma flor
precisam de cuidados. É onde alguém tem abraços para dar.
Sou livre.
Faz-me
algum medo ser livre. É como ter um caderno novinho em folha, com todas
as páginas brancas, e escrevê-lo por mim, sem que ninguém me oriente, a
menos que eu peça orientação amorosa.
Mas, sou livre. E a
minha liberdade vai gerar rios de felicidade em mim e à minha volta,
porque é assim que desejo. Conto para isso com a ajuda dos também muito
livres queridos amigos, pois sou livre mas sozinha não sou nada, juntos
somos imensidão transbordante. Somos paz, alegria, bondade, imenso amor
sem limites nem condições.
Amo-nos!
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